É possível perdoar a traição?
Perdoa-me por me traíres!
Entrevista com © Dra Olga Tessari
E quando o assunto é o perdão, a capacidade de reconstruir o relacionamento após uma infidelidade vai depender de uma série de fatores, ligados à postura de ambos os envolvidos após o ocorrido.
Vitimização
A tendência para a vitimização do traído, que diz ter perdoado, mas recorre ao fato a todo instante, é uma das atitudes capazes de destruir a relação de vez, segundo alerta a psicóloga e escritora Olga Tessari.
“É comum que a pessoa não se conforme com a traição e continue a adotar o papel de vítima, mesmo depois do perdão. Porém, isso só dificulta mais a reconciliação. É importante pensar que ambos têm uma parcela de culpa no fato. Só assim haverá um desejo mútuo de reconquista e, então, a página poderá ser realmente virada”, afirma Olga Tessari.
Palpites e conselhos de outras pessoas
Outro erro corriqueiro nos processos de reconciliação ocorre quando o casal envolve outras pessoas nas suas decisões. Familiares, amigos, vizinhos e colegas de trabalho podem acabar atrapalhando ao tentar ajudar. Para tanto, vale o velho ditado: “Em briga de marido e mulher, ninguém mete a colher”.
“Muitas vezes, os conselhos só servem para aumentar mágoas e conflitos. O casal deve tentar virar a página sozinho, mas, caso não consiga, o ideal é procurar uma ajuda profissional”, alerta Olga Tessari.
É possível perdoar a traição?
Já entre os que procuram equacionar liberdade e compromisso, como bradou Raul Seixas em suas canções “A Maçã” e “Medo da Chuva”, o mais importante, segundo especialistas, é reconhecer se ambos realmente concordam com a premissa de uma relação aberta. Muitas vezes é comum que um dos envolvidos aceite o acordo apenas “entre aspas”, motivado pela pressão do parceiro.
“No caso das relações abertas, vai depender de como o casal lida com a decisão. Em geral, eles até contam um para o outro e aproveitam a experiência para melhorar a relação. Mas é preciso que o acordo seja muito bem resolvido para não haver arrependimento depois”, disse Olga Tessari.
Matéria publicada no Jornal Pampulha – Semanário de Belo Horizonte – Edição 104
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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais