Mulheres: competição feminina
A eterna rivalidade feminina provoca conflitos entre as mulheres, o que gera muita competição, inveja, sabotagens, estresse e muito mais.
Entrevista com Olga Tessari
Segundo a psicóloga Olga Tessari, mulheres são como sol e lua: em geral, quando juntas, provocam eclipse. Um fenômeno curioso, embora nem sempre agradável de se ver, uma vez que boa parte delas vive em eterna competição. O objetivo: brilhar tanto quanto possível só para ofuscar as demais. Somos as rainhas da antipatia gratuita e o motivo quase sempre é a rivalidade surgida logo no primeiro contato.
Pesa sobre nós uma esmagadora carga de cobranças. Não estou negando que as pressões sobre os caras também não sejam intimidantes. Mas eu não tenho nenhuma experiência prática nessa área e prefiro falar sobre assuntos que conheço bem. Nós, mulheres, somos compelidas a nos manter sempre magérrimas, lindas, jovens, bem sucedidas, bem resolvidas, bem informadas, amantes incansáveis e manter sempre um sorriso no rosto – TPM nem pensar!
Assim sendo, qualquer garota que pareça se destacar demais em alguma das áreas citadas vira imediatamente uma ameaça. Mais do que isso, a fulana passa a ser vista como uma inimiga a ser combatida – ou abatida se possível.
Mulheres e a competição feminina
Um dos primeiros posts aqui do blog, O pavão é que tá com a razão, comparava o comportamento de homens e mulheres às artimanhas utilizadas pelo enigmático pássaro no jogo da conquista. Cada um com seus encantos, suas “plumas”.
E todos com uma vontade indisfarçável de depenar os rivais. Eu, por exemplo, costumo avaliar meu sucesso com o sexo oposto não pelas cantadas recebidas dos homens e sim pelos olhares de ódio das outras mulheres. Triste, né?
Eles também não ficam muito atrás quando o assunto é passar a perna na concorrência. Certa vez, um conhecido inventou que o gatinho por quem me encantara à primeira vista era incapaz de exercer sua masculinidade sem a ajuda da famosa pílula azul.
Algumas semanas depois eu descobriria que o comentário fora motivado por pura maldade. E dor de cotovelo, pois eu conhecia o tal sujeito há anos e nunca havia lhe dado bola. No final, tudo não passava de boato…
Um pouco de competição é até saudável, mas a rivalidade desmedida, além de estressante, é desnecessária. O antídoto para este mal é relativamente simples. Em resumo, sentir-se ameaçada pelo sucesso alheio demonstra insegurança.
Neste caso, o melhor a fazer é fortalecer a autoestima. É mais fácil do que sair por aí sabotando todas as mulheres magérrimas, lindas, jovens, bem sucedidas, bem resolvidas, bem informadas…
Sabe aquele antigo provérbio do macaco que deixa de olhar o próprio rabo para prestar atenção no do dos outros? Funciona mais ou menos assim: quem muito se ama não perde tempo e energia odiando ninguém.
Matéria publicada no site Meu Príncipe tá vindo de jegue – março/2011
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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais