Medo de Dirigir 13
Terapia e pé no acelerador são receita para vencer medo de dirigir
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Entrevista com Olga Tessari
SÃO PAULO – A comissária de bordo Roberta Panisson, de 26 anos, não tem medo nenhum de avião, mas até há pouco tempo o pavor que sentia em pegar um carro nas ruas de São Paulo era grande.
Ela se considera uma motorista de verdade há apenas 1 mês, depois de passar uma temporada em uma sala de terapia repleta de pessoas que têm medo de dirigir nas ruas da cidade. (Sete dicas para vencer o medo de dirigir)
Segundo os especialistas, o receio não se restringe apenas a parar o carro numa rua íngreme ou à tradicional baliza, mas aos congestionamentos e ao movimento intenso de motocicletas – os motoboys que infestam as principais vias da cidade e circulam no meio dos carros, muitos deles dispostos a agredir motoristas que, desatentos, não abrem passagem ao enxergar a moto no retrovisor.
“Cheguei a São Paulo com 18 anos. Vim de uma cidade pequena no Rio Grande do Sul, com apenas 15 mil habitantes, quase sem trânsito. Vi a loucura do trânsito e fiquei com muito medo de dirigir. Caminhões, buzinas, motoqueiros, tudo isso me deixou assustada. Cheguei a comprar um carro, mas não tive coragem de sair na rua”, diz Roberta.
A comissária mora na Serra da Cantareira, na zona norte. A região é muito procurada por quem quer tranquilidade e ar puro, mas, como muitas áreas da cidade, não tem um bom transporte público. É preciso pegar carro até mesmo para ir à padaria ou ao supermercado. O Metrô mais perto não leva menos do que meia hora de táxi.
A psicóloga Olga Tessari, autora do livro “Dirija sua vida sem medo“, afirma que o medo faz parte da vida e funciona como um instinto de sobrevivência.
No termômetro normal, serve como proteção contra perigos. Se exagerado, pode atrapalhar, e muito, a vida de uma pessoa.
Uma vez por semana, Olga reúne um grupo de pessoas em seu consultório no Ipiranga, zona sul da capital, para sessões que tentam desmistificar o medo de dirigir e incentivar os participantes a pegar um veículo nas ruas movimentadas de São Paulo.
“Se a pessoa é insegura, ela tem receio de atrapalhar o trânsito, de fazer qualquer besteira. Muitos chegam ao consultório com outros problemas e, somente depois, percebem que o medo de dirigir é apenas a ponta do iceberg. Eu explico que deixar o carro morrer não é um grande problema. A operação dura apenas alguns segundos e, às vezes, nem atrapalha as pessoas. Tem gente que dirige olhando o retrovisor. São pessoas desconfiadas, que não querem errar porque acham que todos estão olhando para ela – explica a psicóloga Olga Tessari.
Medo de críticas piora situação
Para Olga Tessari, em muitos casos a própria família desestimula a dirigir. Mulheres, por exemplo, sofrem com a postura do marido, que teme a independência que um automóvel possa dar à mulher. Outros, acham que o carro da mulher deve servir, principalmente, como um segundo carro para ele próprio.
Mulheres, com idade entre 30 e 40 anos, são o principal público das clínicas e autoescolas que se propõem a, mais do que ensinar a dirigir, dar segurança ao motorista para enfrentar o trânsito.
A história é quase sempre a mesma. Elas compram o carro logo que tiram a Carteira de Habilitação, na casa dos 20 anos. Em pouco tempo, porém, acabam encostando o veículo.
Depois, com a vida profissional já estabilizada, querem dirigir, mas estão ainda mais temerosas. Para algumas, dirigir é uma necessidade. Com filhos crescidinhos, a demanda por um carro cresce. Sem ele, fica mais difícil de dar conta do recado – trabalhar, levar o filho na escola, na festinha dos amigos, na natação.
A terapia dura três meses na clínica de Olga Tessari. São 12 consultas em grupo.
Medo de Dirigir
Para perder o medo, no entanto, não tem outro jeito: o único é sair dirigindo.
A terapia em grupo é importante para a pessoa não se sentir um “patinho feio”. Só de saber que tem mais gente com o mesmo problema a pessoa já se sente melhor.
A crítica e a autocrítica são um dos principais problemas que impedem a pessoa de dirigir.
É o medo da opinião dos outros em relação a essa dificuldade. As pessoas se apavoram numa simples troca de faixa e no estacionamento. Em São Paulo, o problema é que o trânsito é estressado e mal educado. Quem tem medo, não se arrisca a pegar a Marginal Tietê, por exemplo. A pessoa sente fobia com a grande quantidade de caminhões. Além disso, a via tem muitas saídas e isso apavora, afirma a psicóloga.
“Eu me sentia invisível nas ruas e achava que iriam bater no meu carro porque não me enxergavam. Muita gente que tem medo de dirigir acaba dizendo que não gosta para não passar vexame. Agora, depois de seis meses de terapia, tenho a sensação de que nunca tive medo”, afirma Roberta.
Para Roberta, enfrentar o trânsito foi a saída para vencer o medo. Ela circula pelas marginais, pela Radial Leste, pela 23 de Maio. E admite: “Tenho um pouquinho de medo de motoqueiro, mas esse não é um privilégio meu. Todo mundo tem. E tem mesmo”.
Publicado no site Civic Club em 7/11/2007
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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais