Homens que traem tem menor QI?

Homens que traem tem menor QI

Homens que traem tem menor QI?

Homens que traem são menos inteligentes?

Pesquisa associa a infidelidade à baixa inteligência e causa polêmica entre os estudiosos.

Entrevista com © Dra Olga Tessari

Homens que traem podem ter um QI Menor, diz a pesquisa.

Pesquisa associa a infidelidade à baixa inteligência e causa polêmica entre estudiosos que apontam outros motivos para essa atitude que provoca sofrimento e desagregação.

Homens que traem são menos inteligentes. É o que garante um estudo divulgado recentemente por uma das mais respeitadas escolas de economia e ciências políticas do mundo, a London School of Economics.

Por que homens que traem são menos inteligentes?

Para chegar a essa conclusão, foram cruzados dados de duas grandes pesquisas norte-americanas que avaliaram atitudes sociais e quociente de inteligência (QI) de milhares de adolescentes e adultos. Assim se percebeu que as pessoas que acreditam na importância da fidelidade para uma relação têm QI mais alto.

Outra conclusão da pesquisa é que assumir uma relação de exclusividade é uma novidade na evolução da espécie humana, e que homens inteligentes são mais propensos a adotar novas idéias.

Mulheres, fidelidade e QI

Quanto às mulheres, o estudo mostra que a fidelidade não está ligada ao QI porque elas sempre foram relativamente monogâmicas.

A pesquisa animou mulheres do mundo inteiro, mas grande parte dos especialistas tem outra leitura sobre os resultados:

“Os testes de QI foram desenvolvidos para designar uma capacidade de aprendizagem masculina e são mais ligados a um raciocínio matemático. Hoje sabemos que há vários tipos de inteligência, tanto que algumas pessoas se destacam mais nas áreas humanas e outras nas exatas”, explica Oswaldo Rodrigues Jr, diretor do Instituto Paulista de Sexualidade.

“Há também a inteligência emocional, que é diferente das outras. Então é preciso, em primeiro lugar, saber que metodologia foi utilizada nestes testes”, acrescenta.

Outra que discorda é a antropóloga Mirian Goldenberg, que estuda temas relacionados à traição há mais de 20 anos e já lançou diversos livros sobre o assunto (veja entrevista abaixo): “Acho que não é possível generalizar. Cada um tem seus próprios motivos. Na minha pesquisa, 60% dos homens traem. Será que 60% dos homens têm o QI baixo? Acho que é um problema mais cultural do que do cérebro”, questiona.

De qualquer maneira, a traição é um assunto que sempre levanta polêmica e assusta quem ama, por ter o poder de transformar a vida do casal em um verdadeiro pesadelo.

Como lidar com a traição?

Para a psicóloga Olga Tessari, um passo muito difícil a ser tomado quando a traição é descoberta é tentar entender a própria parcela de culpa.

“O mundo desaba sobre a cabeça da pessoa que foi traída e a tendência é que ela se vitimize, acreditando que o traidor é um crápula, que ela não fez nada para merecer isso, que sempre foi fiel e fez de tudo para que o relacionamento fosse bom para ambos. Mas a pessoa traída não percebe que, sem querer, não tenha observado que sua relação ao longo do tempo foi esfriando e que, de certa forma, ela pode ter colaborado para isso também. Vale dizer que, se a relação não está bem, a pessoa traída também precisa reavaliar sua conduta, assim como o traidor deve fazer o mesmo ANTES de pensar em trair.”

Como evitar a traição?

Para não ter de passar pelo sofrimento que uma traição pode causar, a dica dos especialistas aos casais é conversar muito e sempre: “Falar ao outro o que o incomoda e também saber ouvir é essencial para um relacionamento saudável”, adverte Olga Tessari.

“Estabeleçam os limites do relacionamento, acertem o que cada um dos dois considera como traição. Porque muitas vezes o que um acredita ser traição não é nada demais para o outro”, acrescenta Rodrigues Jr.

E pensar em ser feliz, perdoando é a primeira regra. “É preciso se respeitar acima de tudo”, finaliza Olga Tessari.

Matéria publicada na Folha Universal em 01/04/2010

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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