Família X Casal
Quando a família não aprova: existem maneiras de conquistar a sogra que rejeita você ou fazer seus pais gostarem dele!
Entrevista com Dra Olga Tessari
Não tem jeito: por mais que tentemos evitar, tanto nossa família quanto a de nosso parceiro acaba interferindo de alguma forma no relacionamento e isso gera um conflito da família X casal. Não raro, as famílias praticamente adotam – para o bem ou para o mal – o escolhido de cada um.
Tanta proximidade, no entanto, pode prejudicar o dia-a-dia do casal.
“Além de acharem que sabem o que é melhor para nós, os pais frequentemente subestimam a capacidade dos filhos de escolherem a pessoa certa, esquecendo que nem sempre a decisão deles condiz com a nossa”, explica a psicóloga Olga Tessari, de São Paulo.
A melhor maneira de lidar com uma sogra ou cunhada venenosa é ter paciência e não se deixar influenciar por comentários maldosos e injustos.
Pense: “Por que essa pessoa está me dizendo isso?”. Peça ajuda ao parceiro: “Ele facilitará a compreensão dos motivos do desgosto da família e intermediará a comunicação”, revelou Olga Tessari.
Família X Casal – Ações eficazes
Normalmente, boas doses de conversa e o tempo ajudam a amenizar qualquer tensão entre pares e parentes. Mas alguns cuidados devem ser tomados:
- Não exponha seu relacionamento gratuitamente, contando a todos o que acontece entre vocês dois. Isso abre espaço para as pessoas opinarem e julgarem atitudes que importam somente ao casal.
- Não corte relações com sua família. Base de um indivíduo, ela fará falta no seu dia-a-dia, e isso afetará o relacionamento do mesmo jeito.
- Não pense que deve favores à sua família por tudo o que já fez por você. O papel dela é aconselhar e prevenir, sim, mas também permitir que cada um faça suas próprias escolhas, dando o espaço necessário para o indivíduo viver as possíveis consequências.
- Respeite a opinião de seus parentes. Quando muitas pessoas dizem a mesma coisa, pare e reflita sobre ela.
- Exponha a seu companheiro suas angústias, mas tente não acusar a família dele. Seja sincera… porém, política.
Ciúmes
Além das expectativas que dificilmente são cumpridas, os clãs podem criar resistência aos parceiros e parceiras por puro ciúme. Nesse caso, avalie o quanto da rotina familiar foi afetada, já que ciúme é reflexo da impressão de ter sido trocada e não ser mais tão importante.
Vale a pena abdicar de algum tempo a dois para cada um ficar com seus respectivos parentes.
A sogra
“Desde o começo do namoro minha mãe implica com a Cláudia. Chegou até a dizer que ela era louca porque tomava antidepressivos. Com o tempo – e muita conversa – consegui mostrar que ela não era a pessoa horrível que minha mãe descrevia”, disse Ricardo.
“Estamos juntos há dois anos e hoje sei que o ocorrido acabou fortalecendo nosso relacionamento. Meu conselho para quem está nessa situação é dialogar sempre e ter muita paciência. Para as namoradas, sugiro que nunca digam ‘ou eu ou ela’ e desistam de tentar agradar a sogra. Com o tempo, ela se acostuma!”, conclui Ricardo, 21 anos.
A cunhada
“Quando comecei a namorar o irmão de uma amiga, achei que ela aprovaria o relacionamento. Mas quando descobriu, passou a falar mal de mim para todos os conhecidos. Até os pais dele o incentivaram a terminar o namoro”, disse Maria Fernanda Rizzo, 22 anos. E continua:
“Ela dizia que tinha perdido o irmão para mim e que eu planejei conquistá-lo. Cheguei no meu limite e acabei tudo.” E continua:
“Quando voltamos, ele finalmente me assumiu para a família, impondo sua escolha. Minha dica para as namoradas que passam por isso é refletir se o cara vale mesmo a pena. Depois, exigir que ele segure a barra do namoro”, conclui Maria Fernanda.
Os pais
“Minha família jamais aprovou meu namorado, principalmente por ele ser mulato e ter menor poder aquisitivo do que nós. Bastava ele ligar para começar uma briga.” relata Daiana, 19 anos.
“Um dia, meus pais me obrigaram a escolher e eu optei por ele, cortando laços com minha família. Só que não aguentei a situação por muito tempo e terminamos um namoro de um ano e meio. Ainda tentamos continuar escondidos, porém, sofríamos muito.”, continua Daiana.
“Hoje, minha família me trata normalmente, mas se ele telefona tem briga. Ainda gostamos um do outro, entretanto, não podemos ficar juntos”, relata Daiana.
Matéria publicada na Revista Viva Mais – Edição 379 por Paula Aftimus
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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais