Falar de sexo com filhos
Vamos falar de SEXO, filho?
Entrevista com Olga Tessari
Desde muito pequeninos, os filhos aparecem com inúmeras dúvidas que podem deixar os pais meio sem graça. Mas especialistas indicam: nada de medo!
O importante, ao falar de sexo com filhos, é o diálogo, sempre!
Mía, personagem de Anahí na novela Rebelde, está no ginecologista. Ao sair, dá de cara com o pai que fica chocado e não entende o porquê da filha sair do consultório. A moça responde prontamente: “Vim aqui para tirar algumas dúvidas sobre sexo. Você não conversa sobre isso comigo”.
O folhetim teen mostra como geralmente são os relacionamentos familiares quando o assunto é sexualidade – pais despreparados e filhos questionadores. É isso mesmo! De uma hora para outra, os pais são encurralados pelas dúvidas e morrem de medo de falar de sexo com filhos.
Falar de sexo com filhos
Por exemplo, você está na sala vendo televisão e seu filhinho de 4 anos surge com uma pergunta que a deixa sem palavras: “Mamãe, por que o pinto do papai é maior que o meu?”.
Muitas de vocês já devem ter passado por essa situação e sabemos quanto é constrangedora. Mas, em um momento como esse, nada de desespero! Isso é muito comum de acontecer e começa cedo.
A partir dos dois anos, a criança já aparece com a curiosidade sobre sexo e as perguntas “cabeludas” se tornam cada vez mais frequentes.
Mas, para sair desse questionário com classe, especialistas no assunto recomendam jogo de cintura, falar com sinceridade e que a resposta seja direta.
“Os pais não devem dissertar sobre sexo com seu filho, e muito menos sair pela tangente diante dessa situação, desconversando”, afirma a terapeuta sexual Margareth dos Reis de São Paulo.
Se a criança vê uma cena picante na tevê, logo ela vai questionar o que está acontecendo. E esse pode ser um bom momento para encarar o tema com naturalidade.
“Muitos pais ficam muito envergonhados, pois a geração deles não tinha essa liberdade para falar de sexo tão abertamente. De uns tempos para cá que o assunto é tratado mais abertamente pela sociedade”, enfatiza a psicóloga Olga Tessari, também de São Paulo.
Mas, mesmo com toda essa facilidade, a questão deve ser sempre tratada com seriedade. Por mais que a internet, a tevê ou até mesmo a escola trate do assunto, é em casa que a criança deve aprender os conceitos do sexo.
Não reprimir também é importante para que não haja problemas no desenvolvimento do pequeno. E atenção: se seu filhote aparecer com alguma dúvida que você desconhece, não invente!
“Esse é um bom momento para lerem juntos um livro que trate do assunto. Assim você e ele ficarão tranquilos para falar de sexo, sem dor de cabeça. Não há nada de errado em dizer que não sabe e que vai junto com o filho pesquisar ou ler sobre o assunto”, finaliza Olga Tessari.
Matéria publicada na Revista Mais Feliz n° 197 – agosto/2006
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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais