Avós e Netos: vantagens da convivência

Avós e netos: vantagens da convivência

Avós e Netos: vantagens da convivência

A convivência entre eles é um momento de troca, de muita aprendizagem e de prazer para ambos.

Texto de ©Olga Tessari*

*o texto está registrado de acordo com a Lei dos Direitos Autorais

Avós e Netos: vantagens da convivência

São muitas as vantagens da convivência entre avós e netos. Para os avós, é um momento em que eles podem usufruir da relação com os netos de forma despreocupada e até atender aos caprichos deles, pois não tem o dever de educar, apenas de conviver com eles.

Enquanto os avós ensinam o que sabem da sua experiência de vida e da história da família para os netos, estes os levam a reviver o passado e, assim, a refletirem sobre sua vida e elaborá-la melhor. Justamente por não terem a função de educar, eles podem fazer com os netos aquilo que gostariam de ter feito com os filhos.

O auxílio dos avós na formação educacional dos netos 

Por temerem o julgamento dos pais ou mesmo por vergonha de abordarem alguns assuntos delicados, crianças e adolescentes, muitas vezes, sentem-se mais à vontade para falar sobre estes assuntos com seus avós.

Os avós podem sim orientar e esclarecer muitas dúvidas dos netos, desde que não sejam preconceituosos, que saibam ouvir e aceitar seus netos como são, não querendo impor seus conhecimentos como verdade absoluta.

Para isso, é importante que haja um bom diálogo entre eles. Se damos abertura para as pessoas, elas sentem-se à vontade para conversar sobre quaisquer assuntos.

Como os filhos podem ajudar no convívio entre avós e netos

Os filhos precisam entender que o relacionamento de seus pais(avós) com os seus filhos é bem diferente do relacionamento enquanto tiveram com estes pais que agora são avós. Ou seja, existem muitas diferenças entre as relações de pais e filhos e de avós e netos.

Portanto, os filhos não podem esperar dos pais (avós) o mesmo comportamento que tiveram com eles quando eram crianças, não devem exigir dos avós mais do que eles podem fazer, devem permitir o convívio com os netos e propiciar momentos agradáveis entre ambos.

O ideal seria que os encontros entre avós e netos fossem periódicos e quando os avós ou netos desejassem, para não se tornar algo imposto. Além disso, os pais não deveriam delegar aos avós a tarefa de serem babás constantes dos netos, algo que pode se tornar um empecilho para o bom convívio entre eles.

Como diz o ditado, os avós tem mais é que “estragar” os netos, dar a eles a liberdade que gostariam de Ter dado aos seus filhos, mas que, por força da necessidade de educá-los, não puderam fazer. Os avós realizam com os seus netos todos os desejos reprimidos que tiveram enquanto pais.

A integração do idoso aos avanços tecnológicos através dos netos

Avós e netos adoram conversar e trocar conhecimentos entre si. Quantos avós adentraram nos avanços tecnológicos por causa dos netos, para entender melhor o universo deles? Além disso, os netos tem paciência e tolerância para ensinar os avós, algo que nem sempre os filhos tem por conta de traumas ou devido à má convivência no passado com seus pais.

Avós que não se permitem envelhecer (porque envelhecer é parar de viver, é ficar esperando a morte chegar) gostam de saber das novidades em geral, ficarem por dentro do que acontece e a Internet é mais um dos conhecimentos que eles querem ter.

O ciúme dos netos da amizade dos avós com seus amigos

Ao perceberem este ciúme, os avós devem conversar com os netos a respeito disso, mostrando a eles que, apesar da atenção dada aos amigos deles, os netos são mais importantes que os amigos. E isso se faz dando uma atenção maior aos netos, procurando ter momentos exclusivos com eles sem a participação dos amigos.

Avós “deseducam” os netos?

Satisfazer as vontades deles podem fazer bem aos avós?

Qual momento para se impor limites aos netos?

Limites devem ser colocados para todos, em qualquer idade. Satisfazer as vontades dos netos é bem diferente de se tornar escravo dos desejos dos netos. É óbvio que avós que amam seus netos, sentem-se bem em satisfazer a vontade deles, mas, justamente por amarem, devem saber o momento exato de dizer não.

Amar demais pode ser tão prejudicial quanto não amar, portanto, os avós devem estar atentos para o momento em a satisfação das vontades pode prejudicar seus netos ou a eles mesmos.

Avós que se respeitam e que tem amor próprio sabem colocar os limites no momento certo e este momento é exatamente aquele em que eles percebem que serão desrespeitados ou que, de alguma forma, poderão estar prejudicando seus netos.

Muitas vezes, os avós se sentem constrangidos em manter os limites impostos pelos pais de seus netos, mas é importante que eles sejam colocados até para que os filhos aprendam a respeitar seus pais. Agindo desta forma, isso levaria os netos a pensarem assim: “se até meus avós respeitam o que meus pais impõem, eu também devo respeitar”.

Avós que cuidam dos netos ou assumem o papel de pais dos netos

Existe uma grande diferença entre educar um filho ou um neto. As experiências vividas ao longo dos anos permitem que os avós possam melhorar/aprimorar sua forma de educar, evitando determinados erros ocorridos no passado. É algo mais ou menos semelhante ao que ocorre com pais que costumam errar muito na educação do primeiro filho: certamente, quando da vinda do segundo filho, muitos dos erros cometidos com o primeiro filho não serão repetidos.

É importante salientar que avós não deveriam se tornar “pais dos netos”, isto ainda é tarefa dos pais, porque a relação avós e netos jamais é uma relação pais e filhos perfeita.

Avós entram em conflito ao educarem seus netos, muitas vezes por não concordarem com determinadas regras impostas pelos pais, ou até pelo fato deles (avós), como pais, terem dificuldade em aceitar o fato de que seus filhos cresceram e que podem ter uma outra maneira de querer educar os seus filhos (os netos).

Ou os avós tomam para si a “adoção” do neto como seu filho ou então esta educação tende a se tornar conflituosa, devido às diferenças entre o modo de pensar dos pais das crianças e dos avós.

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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