Amigos para sempre
Mantenha os laços de amizade e sejam amigos para sempre!
Entrevista com Olga Tessari
Manter laços de amizade ao longo da vida é essencial e prazeroso!
“A amizade é uma alma em dois corpos”, dizia Aristóteles. O ser humano é social, precisa de interação para se sentir vivo.
Amigos são pessoas em comum, que gostam e te aceitam como você é.
Amigos para sempre
Muita gente tem mais afinidade com os amigos do que com membros da própria família. Conforme a pessoa amadurece, vai definindo e mudando valores e é ai que as amizades podem acabar substituindo o vínculo com alguns familiares.
“Afeto não tem a ver com laços de sangue, mas com quem a gente interage melhor. Por isso é tão comum adotar um amigo como irmão, já que os verdadeiros podem ter outros interesses, ser distantes”, diz Olga Tessari, psicóloga e psicoterapeuta.
Mesmo que o dia a dia e novas etapas da vida (como casamento, filhos, estudos etc.) nos afastem das pessoas que gostamos, quando as encontramos, parece que o tempo não passou.
A Internet ajuda a manter um contato mais frequente, mas não substitui a necessidade do convívio pessoal de vez em quando, principalmente com os conhecidos de longa data.
Promover reuniões, encontros e passeios, sempre que possível, é de extrema importância para colocar os assuntos em dia e passar momentos agradáveis ao lado dos amigos, “mesmo que o tempo e a distância digam não”, já dizia a canção de Milton Nascimento. É possível ter amigos para sempre, pela vida afora!
Nem sempre é fácil fazer novos amigos
Quando a pessoa se muda para outra cidade ou país, vai levar certo tempo para adquirir e manter vínculos com novos amigos.
De acordo com a psicóloga Olga Tessari, em novos ambientes essa situação é comum, por conta da perda da rotina anterior e das novidades do novo lugar. Tudo é diferente, até a pessoa se habituar. Mas, com o tempo, a carência dos velhos amigos é suprida pelos atuais.
Níveis de amizade
Vale lembrar que existem vários níveis de amizade: os de escola, do trabalho, das “baladas”, de viagens, de comunidades ou grupos (como os religiosos ou esportivos), além daqueles que nos acompanham em atividades (dançar, jogar, fazer compras etc.) e que é possível usufruir de cada um deles o que podem nos oferecer de melhor.
“O importante é aceitá-los como realmente são, não importa se homens ou mulheres: os amigos serão sempre ‘assexuados'”, afirma a especialista.
Tenha amigos, mas não perca a individualidade
O fato de ter amigos e não perder a individualidade está ligado diretamente à autoestima. Todo mundo pode ser solidário, ajudar na medida do possível, mas não pode sofrer junto ou tomar o problema para si.
“Quem se deixa influenciar, geralmente, tem baixa autoestima, não consegue viver a própria vida”, esclarece Olga Tessari, psicoterapeuta.
Outro erro é criar expectativas. Se você é pontual, por exemplo, não pode querer que o colega seja também. É importante aceitar os amigos com os limites que cada um tem.
A questão de eles serem confiáveis, só é possível saber com o tempo. “Apresente e ofereça o que você tem de melhor. Aos poucos vá se abrindo e veja se pode ou não compartilhar intimidades, revelar segredos”, alerta Olga Tessari.
Cuidado com os aproveitadores
Também é preciso colocar limites naqueles que só se aproximam quando querem “afogar as mágoas” ou “chorar as pitangas”.
De início, você até pode dar espaço para lamentações, mas se perceber que é constante, coloque um ponto final.
“Aproveitadores só abusam de quem dá abertura para isto. Seja educado, sutil, diga que agora não pode conversar, que estava de saída, que tem algum compromisso”, orienta a psicóloga.
Matéria publicada no site Aspirina
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