Amante ou namorada?

Amante ou namorada

Amante ou namorada?

Quem já não ouviu falar que há mulheres que preferem ser amantes? Mas quais seriam os motivos?

Entrevista com Olga Tessari

Amante ou namorada?

Será que a outra prefere esse papel por causa da liberdade ou para não ter obrigações? O Transanet entrevistou a psicóloga e psicoterapeuta Dra. Olga Tessari para saber se essa preferência existe mesmo, como as amantes pensam e se elas sofrem com esse tipo de relação. Afinal, a mulher prefere ser amante ou namorada? Confira!

*as respostas de Olga Tessari estão registradas de acordo com a Lei dos Direitos Autorais

Transanet: É verdade que existe mulheres que preferem homens comprometidos?

Dra. Olga Tessari: Algumas mulheres tem preferência por homens comprometidos por vários motivos, até porque elas também já são comprometidas ou porque procuram uma pessoa de mais idade, um homem apenas para uma aventura, para “experimentar” ou por carências. Entre ser amante ou namorada, elas escolhem a 1ª opção.

Transanet: Por que isso acontece?

Dra. Olga Tessari: No caso delas serem comprometidas, relacionar-se com este tipo de homem é muito mais confiável porque, elas sabem (ou imaginam) que eles não as prejudicarão de alguma forma. Por exemplo, ligando em horários inadequados, fazendo exigências de encontros no final de semana, fazer quaisquer cobranças.

Caso não sejam comprometidas, muitas delas preferem “ter um caso” a manter um compromisso. Preferem a liberdade de serem solteiras.

Transanet: A mulher que prefere ser amante sofre?

Dra. Olga Tessari: Depende. Se ela assume que nunca o terá sempre à sua disposição (tal como seria com um homem descompromissado) ela não sofrerá, mas a grande maioria delas espera que ele termine seu relacionamento com a companheira para ficar só com ela. Então elas sofrem muito por não conseguirem tê-lo só para elas.

Transanet: Procurar sempre homens comprometidos pode ser uma defesa?

Dra. Olga Tessari: Pode ser uma defesa para não se envolverem totalmente com alguém. Uma defesa criada, muitas vezes, por causa de outros relacionamentos mal sucedidos.

Transanet: Existe o sentimento de culpa nessa relação?

Dra. Olga Tessari: Depende de cada caso. Mas na maioria deles não há culpa, até porque, se ela houvesse, este relacionamento tenderia a esvaziar-se e acabar.

Transanet: A outra tem sempre esperança de virar a titular?

Dra. Olga Tessari: SEMPRE!!! Exceto nos casos em que ela se assume amante porque não quer compromisso ou só quer uma aventura.

Transanet: A maioria das amantes sente ciúmes da relação estável do parceiro?

Dra. Olga Tessari: Sim. Porque no fundo todas elas esperam ser titulares, que eles terminem sua relação estável para ficarem só com elas. E esse ciúme pode colaborar para que, mais cedo ou mais tarde, o relacionamento termine. Ninguém aguenta uma pessoa ciumenta por muito tempo.

Transanet: É possível que a terceira pessoa ajude a relação? O namoro pode melhorar após a traição?

Dra. Olga Tessari: Sim. Na maioria das vezes é inevitável a comparação entre a titular e a outra (3ª pessoa) o que pode fortalecer o relacionamento com a titular ou então, já que o que faltava no relacionamento estável está sendo preenchido pela “outra”, é possível manter o casamento/namoro.

Neste caso, a pessoa “titular” torna-se uma grande amiga, companheira.

Transanet: A amante não é sempre uma ilusão?

Dra. Olga Tessari: Isso me faz lembrar aquela velha história do casal que, enquanto namora, tudo corre às mil maravilhas. Quando eles se casam, a rotina do dia a dia, se mal administrada, vai gerar descontentamento, se não houver tempo para o casal estar junto.

Todo casal deve ter um tempo para continuar a namorar, a fazer as mesmas coisas que fazia enquanto namoravam ou seja, é preciso manter a chama do amor e do tesão que, com a rotina do dia a dia, acabam enfraquecendo.

Transanet: Quando a amante vira titular essa relação continua dando certo?

Dra. Olga Tessari: Só dará certo se ambos lutarem por manter o clima de namoro e evitarem de cair na rotina. Mas quase sempre, quando a amante vira titular, a relação esfria. Por que? Em geral, ela serviu apenas como uma ponte para resolver o relacionamento com a ex-titular.

Matéria publicada no site Transanet da Rede Transamérica por Andrea Cippiciani

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OLGA TESSARI – Psicóloga (CRP06/19571), formada pela Universidade de São Paulo (USP), pesquisa e atua com novas abordagens da Psicologia Clínica, em busca de resultados rápidos, efetivos e eficazes, voltados para uma vida plena e feliz. Ama o que faz e segue estudando muito, com várias especializações na área. Consultora em Gestão Emocional e Comportamental, também atua levando saúde emocional para as empresas. Escritora, autora de 2 livros e coautora de muitos outros. Realiza cursos, palestras e workshops pelo Brasil inteiro e segue atendendo em seu consultório ou online adolescentes, adultos, pais, casais, idosos e famílias inteiras que buscam, junto com ela, caminhos para serem felizes! Saiba mais

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